Qual o valor de uma foto?? Eu sei, muitos de vocês responderiam essa pergunta com frases como: "Depende do contexto", "Impossível imputar valor aos sentimentos" ou até mesmo "A pessoa da foto está viva?" , há também aqueles que responderiam com "Nenhuma foto é capaz de descrever o momento real". E de fato, ambos estão corretos, não podemos substituir memórias por arquivos e papeis, ou até mesmos vídeos, porém, o que quero chegar aqui é em como as fotos sim, o carregam: Sentimentos. E a série de animê Tamayura, nos descreve isso de forma magistral.
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Tamayura é uma série animê que iniciou em 2010 com 4 OVAS, ganhando mais tarde 2 temporadas e finalizando perfeitamente com 4 filmes, a sinopse? por mais indubitavelmente simples que seja, ela carrega consigo vastas lembranças, amplos sentimentos e até uma fechada antítese entre atmosfera e primeira impressão. Sawatari Fuu (Potte) volta para a cidade natal de seu pai, lá encontra antigas amigas, cria memórias e assim segue sua jornada com sua simples câmera, essa que era o bem material mais precioso de seu já falecido pai.
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| As vezes desajeitada, mas sempre singela (Tamayura OVA 2010) |
Nichijoukei é um (sub) gênero que nos apresenta a estética moe com eventos escolares ou em grupos de garotas, "garotas fofas fazendo coisas fofas" contudo esse tipo pré-alcunha, faz o espectador criar uma certa distâncias de séries assim, como pode ter ocorrido algumas incontáveis vezes com Tamayura, coisa que nos primeiros episódios já somos confrontados, uma atmosfera confortável, sim. um cenário e ambientação esperançoso, sim. Mas que é subcarregado por uma melancólica expressão de texto por parte da Fuu, o pai dela já não está mais entre "nós", cada lugar daquela cidade é uma memória dolorosa e até mesmo doce de seu pai, porém ela sente. É uma enxurrada de catarse batendo na porta da nossa protagonista, e ela atende essa porta, com toda a força possível, mesmo que em alguns momentos prefira não se confrontar com isso.
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| (Tamayura Hitotose 2011) |
Ao passar das temporadas cada vez mais a Fuu vai evoluindo, ela sente que deve sim lembrar de seu pai com todas as memórias boas possíveis, pois seu amor pela fotografia foi fruto de uma específica foto de quando a mesma tirou quando criança, é trazido a tona o "brilho de amor", o Tamayura. O catalisador para todo esse amor da Fuu pela fotografia, a foto que ela tirou de seu pai, é vezes mostrada, mas nunca tratada como a única chave de virada para a evolução pessoal da mesma, começamos a entender que a cidade que antes se assemelhava a uma bela rosa com espinhos para Fuu, onde cada momento, lugar e pessoa exalava um contraste de sentimentos, se tornou mais palpável, ver de longe uma bela rosa é muito agradável, contudo poder imbuir todo um estima para a cidade de seu amado pai é mais prazeroso, e como espectadores começamos querer acompanhar a jornada da nossa amada "Potte" se tornando "mais agressiva"* (*Referência ao nome da segunda temporada)
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Foto que a Fuu tirou de seu pai contendo o tamayura.
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O apoio
melancólico da série nos ajuda muito a nos dedicarmos a entender a Fuu, entendemos de forma silenciosa toda a
dor que a perda trouxe para ela, por fora uma doce e gentil garota que é sempre a ponte entre suas três amigas
(Kaoru, Mao e Norie) e por dentro, a mesma, só que ainda sentindo a dor imensurável da perda, mesmo que ela ainda tenha sua Mãe, sua Avó e seu pequeno irmão, ninguém substituí ninguém,
somos feitos por nós mesmos.
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Mao, Fuu, Norie e Kaoru em ordem.
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Eu penso que deveria fazer uma
análise mais aprofundada sobre a série, mas eu sinto que fazer pessoas ao menos darem o primeiro passo em rumo á essa excelente jornada é muito mais
frutífero, eu pretendo trazer a tona outros textos sobre
tamayura, um deles dissecando cada uma das 4
(ou mais dependendo da temporada) garotas e como elas lidam com todo o ambiente de energia e dores do passado gerado pela Fuu e até mesmo sobre os 4 filmes da franquia, porém isso fica para uma próxima. Obrigado por lerem!
Texto editado e escrito por: Carlos
Veja Tamayura por meios oficiais: Indisponível
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